O projeto de lei 4.689/2010 que fixa o subsídio das carreiras do Grupo da Educação Básica do Poder Executivo Estadual e do pessoal civil da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais foi lido em Plenário no dia 17/06/2010. O PL chegou a Casa por meio da mensagem 515/2010 sob caráter de urgência, o que significa que deve ser votado dentro do prazo de 45 dias, esgotado no dia 16/08, em dois turnos. Trata-se da proposição mais polêmica, até o momento, que já tramitou na Casa desde a criação da Arsae – Agência Reguladora de Saneamento da Copasa.
O Projeto de Lei precisava ser votado até o dia 04/07 para que pudesse valer para o próximo 1º de janeiro de 2011. Tudo isso porque a Lei Eleitoral não permite que matéria geradora de despesas para o próximo governo seja votada após faltarem 6 meses para o fim do mandato do atual governador. Se o PL não for votado até 6 meses antes do fim do mandato, não poderá ser aprovado este ano.
O PL, na forma original, recebeu parecer favorável nas três Comissões temáticas que fora designado: Constituição e Justiça; Fiscalização Financeira e Orçamentária e Administração Pública, na forma do substitutivo nº 1. As reuniões das comissões aconteceram no mesmo dia (22/06/2010) e no dia 23/06/2010 foi encerrada a discussão. O projeto foi aprovado em 1º turno pelo plenário com a rejeição das 51 emendas dos deputados de oposição ao governo do Estado. Depois disso o projeto foi enviado a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para deliberação.
O clima entre os deputados da base do governo e de oposição durante a votação foi de tensão. Tudo porque o PL proposto oferece um subsidio as categorias e não piso salarial, tão reivindicado pelos professores durante a greve, e retira diversos benefícios como gratificações, adicional, abono, prêmio e verba de representação ou outra espécie remuneratória, exceto que está disposto no art. 3º do PL. Além disso, o PL original não estabelece percentual de reajuste anual, congelando o salário do servidor. Para barrar a apresentação das emendas em Plenário os deputados da base do governo se recusaram a comparecer a reunião extraordinária do dia 22/06, objetivando que ela fosse encerrada por falta de quorum. Conheça as emendas apresentadas.