Segundo a pesquisa, 92% dos entrevistados disseram que
são a favor de que as mudanças aconteçam por meio de uma proposta de iniciativa
popular
BRASÍLIA - Pesquisa do Ibope Inteligência, encomendada
pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), da qual faz parte a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), revelou hoje que 85% da população
brasileira são a favor de uma reforma política. O levantamento mostrou também
que 84% dos entrevistados acreditam que, se aprovada, a reforma deve vigorar já
para o pleito do ano que vem.
O Ibope Inteligência ouviu, entre 27 e 30 de julho, 1500
pessoas com mais de 16 anos, por telefone. A margem de erro é de 3 pontos
porcentuais para mais ou para menos. O MCCE encabeça a proposta de lei de
iniciativa popular "Eleições Limpas", que propõe uma reforma política e precisa reunir 1,6
milhão de assinaturas para começar a tramitar no Congresso.
Na pesquisa, 92% dos entrevistados disseram que são a
favor de que a reforma política aconteça por meio de uma proposta de iniciativa
popular.
Sobre doações eleitorais, 78% se manifestaram contra a
que empresas privadas possam contribuir com recursos a partidos e candidatos. Na
mesma linha, 80% dos entrevistados disseram que deveria haver um limite para o
uso de dinheiro público nas campanhas eleitorais.
O Ibope também mostrou que 90% querem uma punição mais
severa para quem pratica o Caixa 2. Por último, 84% disseram que são a favor
das manifestações populares que tomaram as ruas do País nos últimos meses.
"Eleições Limpas". O projeto de iniciativa
popular "Eleições Limpas" está em processo de coleta de assinaturas
para ser apresentado ao Congresso Nacional. O "Eleições Limpas" prevê
uma reforma política na qual conste o fim do financiamento de campanhas
eleitorais por empresas privadas. Seria permitido, pelo projeto, a doação por
pessoa física, com um limite preestabelecido.
A proposta sugere, ainda, uma eleição para o Legislativo
em dois turnos, na qual o eleitor escolheria, em um primeiro momento, o
partido. No segundo turno, com o número de cadeiras por sigla já estabelecido,
o cidadão escolheria o candidato.
(Fonte: Ricardo Della Coletta - Agência Estado)
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