terça-feira, 8 de outubro de 2013

Puxadores de votos filiam-se a partidos políticos para eleições 2014

A expectativa de renovação de pelo menos 60% da Câmara dos Deputados em 2014 faz com que partidos políticos busquem celebridades para alavancar o número de votos conquistados e, assim, impedir a diminuição de suas bancadas. A renovação, de acordo com dirigentes das siglas, é resultado dos protestos de junho, que expressaram demanda dos eleitores por mudanças na representação política. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Nomes como do goleiro do Sport Recife, Magrão (PSB-PE), do cirurgião plástico Dr. Rey (PSC-SP) e do pagodeiro Belo (PTB-SP) são exemplos dos chamados “puxadores de votos”, já que a popularidade desses candidatos poderia abrir espaço para mais vagas na bancada dos partidos.
"A estratégia é procurar nomes conhecidos, que sejam assimilados pela população com facilidade", diz Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. Uma das apostas da sigla é o ex-pagodeiro e cantor gospel Vaguinho (RJ). Isso ocorre porque os bem votados repassam parte de seus votos para colegas de coligação, a partir do sistema conhecido como quociente eleitoral.
"Quem é conhecido, mas não é político, e que pode contemplar essa ideia de novidade? Artista e jogador de futebol", explica ao jornal Márcio França, presidente do PSB-SP. A sigla, que acabou de ganhar o reforço de Marina Silva para a disputa presidencial, terá como representantes, além do goleiro Magrão, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, e o astronauta Marcos Pontes (SP) à Câmara. Outro famoso que já faz parte da legenda é o ex-jogador Romário (RJ), que tentará a reeleição.
Até os partidos tradicionais, como PT e PSDB passaram a adotar a técnica de puxadores de votos. Na semana passada, os tucanos filiaram o jogador de Vôlei Giba (PR) e seu ex-colega de quadra Giovane (MG). Já os petistas fecharam com o ex-jogador Marcelinho Carioca, em São Paulo. Marcelinho deverá concorrer ao cargo de Deputado Estadual, apesar de não ter conseguido se eleger no ano passado, quando disputou uma vaga na Câmara Municipal.
Fonte: Site Terra

Com Atlético-MG e Cruzeiro em alta, partidos filiam seus presidentes

No momento em que o futebol mineiro aparece na crista da onda com o título da Copa Libertadores conquistado pelo Atlético-MG, em julho, e a liderança isolada do Campeonato Brasileiro pelo Cruzeiro, os seus respectivos presidentes se tornaram alvo da política partidária.

O PSB de Eduardo Campos atraiu para seus quadros o atleticano Alexandre Kalil, investimento que exigiu a participação direta do governador pernambucano, que busca reforçar, em Minas Gerais, seu eventual palanque presidencial.

Já o PV trouxe para o partido o cruzeirense Gilvan de Pinho Tavares, que assumiu há menos de um ano o clube mineiro, em meio a desconfianças de conselheiros e torcedores sobre sua capacidade de suceder com sucesso a gestão dos irmãos Perrella --cuja maior expressão é o senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-suplente que ganhou o posto com a morte de Itamar Franco (1930-2011).

"Ficamos muito felizes por ele [Oliveira] ter aceitado nosso convite para se filiar. É lógico que a boa situação da equipe pode trazer uma influência eleitoral para ele", disse o presidente do PV-MG, Agostinho Patrus Filho, reconhecendo o ganho para o partido: "Sem dúvida, é importante".

Ainda não se sabe por quais cargos Kalil e Oliveira deverão concorrer. O cruzeirense disse que pretende deixar a decisão para o PV. O mais provável é que ele concorra a deputado estadual.

Nos bastidores, o PV diz que Oliveira pode ajudar a eleger até cinco deputados --atualmente o partido tem seis cadeiras no Legislativo mineiro.

O atleticano Kalil, se filiou ao PSB na quinta-feira (3), com a presença de Eduardo Campos, pode concorrer ao Senado, mas é possível que ele não aceite a empreitada se o governador Antonio Anastasia (PSDB) decidir concorrer também para senador.

O PSB também busca puxadores de votos para eleger mais deputados federais e estaduais em Minas Gerais, além de alguém com projeção para dar palanque a Campos no Estado.
Pessoas ligadas ao futebol sempre foram bem recebidas nos partidos, já que são considerados puxadores de votos. É o caso do ex-atacante Marques, do Atlético-MG, que em 2010 se elegeu pelo PTB, ajudando o partido a manter cinco cadeiras na Assembleia Legislativa.

Outro da bancada do futebol que chegou em 1995 ao Legislativo foi o ex-goleiro atleticano João Leite (PSDB). Leite, contudo, impôs uma marca de trabalho que o desvinculou da questão da bola. A Assembleia de Minas tem ainda dois radialistas do futebol eleitos no pleito de 2010.

Fonte: PAULO PEIXOTO, DE BELO HORIZONTE, UOL

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