Natal
Henriqueta
Lisboa
Vejo a estrela que percorre
a noite larga.
Vejo a estrela que perturba
fundos mares.
Vejo a estrela que revela
a eternidade.
Mas para onde foi a estrela
contemplada?
Para onde foi no momento
mais amargo?
Em que cimos ora habita
que debalde
a procuro nestas frias
orvalhadas?
Vejo a estrela – tão de súbito! –
ao meu lado.
Vejo os olhos do Menino
desejado.
Em: Nova
Lírica: poemas selecionados, Henriqueta Lisboa, Belo Horizonte,
Imprensa Oficial: 1971https://peregrinacultural.wordpress.com/2008/12/23/natal-poema-de-henriqueta-lisboa/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade dos que o escrevem, e não expressam o pensamento do Núcleo de Estudos Sociopolíticos.