Foto: Patrick
Feller/Flickr
A China voltou a ser, em 2012, o país
que mais executou prisioneiros no mundo, conforme levantamento da ONG Anistia
Internacional divulgado nesta terça-feira 9. Apesar de não ter dados oficiais,
a organização estima que mais de 1 mil penas de morte tenham sido aplicadas no
período pela potência asiática. É mais do que a soma dos casos de todos os
países analisados.
Em seguida aparecem na lista o Irã, com
ao menos 314 execuções registradas, o Iraque, com 129, a Arábia Saudita,com 79
e os EUA, com 43. Ainda estão no ranking o Iêmen (28), Sudão (19) e Japão (7).
Apesar dos números, a ONG aponta que a
tendência global segue em direção ao fim do recurso à pena de morte.
Segundo a Anistia, um a cada dez países
ainda utiliza este tipo de pena e ao menos 682 pessoas foram executadas no
mundo no ano passado (com a exceção da China), duas a mais que em 2011. Pelo
menos 1.722 condenações à morte foram impostas em 58 países, contra 1.923 em 63
países no ano anterior.
Em 2012, 21 países realizaram
execuções, mesmo número de 2011. O dado é inferior aos 28 países de 2003. A
Síria não faz parte do levantamento, pois não foi possível confirmar
informações devido à guerra civil que ocorre no país.
Ao menos 23.386 pessoas haviam recebido
sentenças de morte no mundo, entre eles, dois brasileiros na Tailândia. Marco
Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte foram condenados em última
instância por tráfico de drogas e podem ir a fuzilamento em 2013. O Ministério
das Relações Exteriores acompanha a situação dos prisioneiros.
De acordo com o levantamento, os
métodos de execução utilizados no ano passado incluíram enforcamento,
decapitação, fuzilamento e injeção letal. Além disso, pessoas foram condenadas
por crimes não violentos, como blasfêmia e adultério.
Em 2012, diversos países voltaram a
realizar execuções, como Índia, Japão, Paquistão e Gâmbia. Ainda assim, o uso
desta pena segue restrito a um grupo isolado de países.
No Oriente Médio e o Norte da África
houve avanços, segundo a Anistia, mas Irã, Arábia Saudita, Iraque e Iêmen
apresentaram elevados níveis de aplicação da pena de morte. Somados, eles
respondem por 99% de todas as execuções na região. O destaque foi para o
aumento no Iraque, que executou ao menos 129 pessoas, contra 68 em 2011.
(Fonte: Carta Capital)
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