O Papa
Francisco pediu, nesta terça-feira, aos bispos argentinos para que toda
a pastoral seja pensada “em chave missionária”, ao lhes recordar que “devemos
sair de nós mesmos e ir a todas as periferias existenciais e crescer em parrésia”.
A reportagem está publicada no sítio
argentino Valores Religiosos, 17-04-2013. A tradução é do Cepat.
“Uma Igreja que não sai, no médio ou no longo prazo, adoece
na atmosfera viciada de seu fechamento. É verdade também que a uma Igreja que
sai pode acontecer o que acontece a qualquer pessoa que sai às ruas: sofrer um
acidente. Diante desta alternativa, quero lhes dizer francamente que prefiro
mil vezes uma Igreja
acidentada a uma Igreja enferma”, advertiu.
Em uma mensagem enviada aos bispos reunidos
na 105ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal da Argentina, que
acontece na Casa de Exercícios El Cenáculo - La Montonera, de Pilar,
o Pontífice defendeu que “a doença típica da Igreja reclusa é a
autorreferencial; olhar-se a si mesma, estar encurvada sobre si mesma como
aquela mulher do Evangelho. É uma espécie de narcisismo que nos conduz à
mundanidade espiritual e ao clericalismo sofisticado, e depois nos impede de
experimentar a doce e confortadora alegria de evangelizar”.
Francisco agradeceu “por tudo o que fazem e por
tudo o que vão fazer”, pediu ao Senhor que “nos livre de maquiar o nosso
Episcopado com os adornos da mundanidade, do dinheiro e do ‘clericalismo de
mercado’”, e voltou a pedir-lhes, como é seu costume, que rezem por ele, “para
que saiba ouvir o que Deus quer e não o que eu quero”.
“Rezo por Vocês. Um abraço de irmão e uma saudação
especial ao povo fiel de Deus que têm ao seu cuidado. Desejo-lhes um santo e
feliz tempo pascal. Que Jesus os abençoe e a Virgem Santa cuide de vocês.”
(Fonte: IHU On-Line)
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