quinta-feira, 13 de junho de 2013

Livro afirma que Bolsa Família enfraquece o coronelismo e rompe cultura da resignação

A professora de teoria da cidadania na Unicamp, Walquíria Leão Rego, defende que o Bolsa Família "é o início de uma democratização real" do país. Em entrevista ao PORTAL UOL, ela fala dos boatos que sacudiram o programa recentemente e dos preconceitos que cercam a iniciativa: "Nossa elite é muito cruel", afirma.

Durante cinco anos, entre 2006 e 2011, a socióloga e o filósofo Alessandro Pinzani realizaram entrevistas com os beneficiários do Bolsa Família e percorreram lugares como o Vale do Jequitinhonha (MG), o sertão alagoano, o interior do Maranhão, Piauí e Recife. Queriam investigar o "poder liberatório do dinheiro" provocado pelo programa.

A conclusão é da socióloga e do filósofo estão no livro  "Vozes do Bolsa Família - Autonomia, dinheiro e cidadania" (Editora Unesp, 248 págs., R$ 36), que foi lançado ontem em São Paulo.

Na entrevista a socióloga afirma que há "uma crueldade no modo como as pessoas falam dos pobres. Daí aparecem os adolescentes que esfaqueiam mendigos e queimam índios. Há uma crueldade social, uma sociedade com desigualdades tão profundas e tão antigas. Não se olha o outro como um concidadão, mas como se fosse uma espécie de sub-humanidade. Certamente essa crueldade vem da escravidão. Nenhum país tem mais de três séculos de escravidão impunemente".

Ainda segundo Walquíria Rego, dez anos após sua implantação, o Bolsa Família mudou a vida nos rincões mais pobres do país: o tradicional coronelismo perde força e a arraigada cultura da resignação está sendo abalada.

Leia a entrevista completa acessando AQUI >>>


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