Uma proposta de reforma política aprovada por 13 entidades representativas da sociedade civil, mediada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), será apresentada nesta terça-feira, 03 de setembro, às 14h, na sede da CNBB, em Brasília. O documento, uma proposta de projeto de lei, além de um Manifesto pela Reforma Política Democrática no País, será apresentada pelo reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães (foto), que preside a Comissão de Reforma Política da CNBB. A intenção é entregar, em breve, este documento à comissão do Congresso Nacional encarregada de articular proposta de reforma política válida já para as próximas eleições, em 2014.
Resultado de debates e reuniões feitas ao longo das últimas semanas, na CNBB, os documentos foram assinados por diferentes órgãos representativos, entre eles a Ordem dos Advogados do Brasil, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e a União Nacional dos estudantes (UNE).
Dom Mol, que mediou as reuniões com as entidades parceiras, destaca cinco pontos principais da proposta unificada para a reforma política no Brasil. O primeiro deles, considerado o principal, é o afastamento do poder econômico das eleições, ou seja, as empresas não mais financiariam campanhas políticas, apenas pessoas físicas e o setor público. "Afastar o poder econômico das eleições é fechar a principal porta de entrada dos atos de corrupção", pontua o reitor.
Outra proposta, chamada de voto transparente, é a mudança no sistema eleitoral, na forma de votar. A eleição teria dois turnos, votando-se primeiro no partido/programa, para depois votar no candidato, que estaria dentro de uma lista.
O terceiro ponto seria a inclusão obrigatória de alternância de gênero nas listas de candidatos a serem oferecidas aos eleitores, de modo que se possa ter mais mulheres na representação política brasileira. "E quem sabe, sejam incluídos outros grupos sub-representados, como negros e indígenas", diz Dom Mol.
O quarto ponto que norteia a proposta é a regulamentação do artigo 14 da Constituição, para, através disso, facilitar a participação política da população, ou seja, que seja possível praticar um pouco de democracia direta, de maneira mista, com a democracia representativa vigente no País. A ideia é regulamentar o plebiscito, o referendo e projetos de lei de iniciativa popular, facilitando todos esses instrumentos. Exemplo disso é a redução do número de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular, cuja exigência hoje é de pelo menos a participação de 1% do eleitorado nacional, o equivalente a cerca de 1,3 milhão de assinaturas.
O quinto ponto diz respeito ao exercício político do dia a dia, através da fidelidade partidária programática, ou seja, políticos eleitos terão que, de fato, cumprir o programa do partido para o qual foi eleito, sob pena de perda do mandato ou punições em diversos níveis.
A expectativa do reitor da PUC Minas, com relação à apresentação do documento, é que haja uma acolhida muito grande dos presentes na CNBB e do população brasileira. "E que seja muito mais do que uma acolhida passiva, mas profundamente ativa. É como se cada um tomasse nas mãos essa proposta unificada e lutasse por ela para que o Congresso Nacional a aprove o quanto antes, pois o País já não suporta a ausência de uma reforma política".
Veja, a seguir, a relação de todas as instituições, além da CNBB, que assinam a proposta de reforma política:
. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
. União Nacional dos Estudantes (UNE)
. Central Única dos Trabalhadores (CUT)
. Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)
. Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
. Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular
. Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
. Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)
. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic)
. Cáritas
. Comissão Brasileira Justiça e Paz
Veja, a seguir, a relação de todas as instituições, além da CNBB, que assinam a proposta de reforma política:
. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
. União Nacional dos Estudantes (UNE)
. Central Única dos Trabalhadores (CUT)
. Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)
. Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
. Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular
. Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
. Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)
. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic)
. Cáritas
. Comissão Brasileira Justiça e Paz
Assessoria de Imprensa da PUC Minas
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