As ex-estagiárias do Núcleo de Estudos
Sociopolíticos da PUC Minas (Nesp), Flávia Raissa Said e Raquel Guerra
desenvolveram o projeto “Os Super-Heróis da Minha Cidade”, cujo objetivo é a
formação política de crianças e adolescentes, independe da orientação
partidária ou filosófica.
O projeto estimula crianças e adolescentes a participarem de uma sociedade realmente democrática e atua para que o conhecimento
de aspectos políticos e constitucionais que delineiam o funcionamento da
máquina pública seja acessível a todos.
É notória a descrença do brasileiro na força
transformadora da política. Tal pensamento é fruto de um histórico no qual a
política, muitas vezes, foi utilizada para a realização de desejos particulares
em detrimento do bem coletivo. Concomitante a isso, a falta de conhecimento das
ferramentas democráticas de fiscalização e reivindicação dos direitos agravam o
ceticismo e aniquilam a esperança de viver em um país melhor.
A partir dessas constatações, surgiu a ideia de se
trabalhar a formação política de crianças. Isso porque, as crianças são sempre
mais abertas e livres em seus pensamentos, constituindo o presente e o futuro
do país. Presente, pois influenciam seus pais, professores e vizinhos nas
discussões políticas diárias. Futuro, pois serão os próximos parlamentares,
chefes do executivo e profissionais das mais variadas áreas que, igualmente,
influenciarão os rumos do país e prepararão as próximas gerações.
Com o apoio da União Nacional de Estudantes Cristãos (UNEC)
foi criado o jogo “Os Super-heróis da minha cidade”. Através dele, as crianças
jogadoras são convidadas a embarcarem numa deliciosa aventura. O objetivo é enfrentar
os problemas na cidade de Polípolis. Diversos conteúdos, como cidadania,
divisão de poderes, direitos e garantias fundamentais são ministrados às
crianças. Estimuladas a superarem vários desafios, o jogo permite que as crianças encontrem as soluções para os problemas da cidade fictícia, através dos conteúdos ministrados. Após solucionar todos
os problemas, a criança ajuda a cidade de Polípolis e os seus cidadãos.
Recentemente, o projeto foi aprovado pelas Nações
Unidas e será executado em algumas escolas públicas e particulares de Belo
Horizonte.
A seleção será feita através de um edital a ser posteriormente divulgado.
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