quinta-feira, 16 de abril de 2015

Dom Joaquim Mol fala sobre Reforma Política em coletiva de imprensa da CNBB

O bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão para Acompanhamento da Reforma Política,dom Joaquim Mol participou da primeira coletiva de imprensa da 53ª Assembleia Geral dos Bispos, realizada na tarde de quarta-feira, dia 14. Também participaram da coletiva, o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Comissão para o Tema Central, dom Sérgio da Rocha, e  o arcebispo de Vitória da Conquista (BA), dom Luiz Gonzaga Silva Pepeu.

Durante a conversa com os jornalistas, dom Joaquim Mol explicou alguns pontos da proposta apresentada pela Coalisão pela Reforma Política. Dom Mol ressaltou que a reforma é necessária. E que outras reformas só podem ser feitas se tivermos um corpo reformador que são os políticos eleitos por um novo sistema eleitoral, capaz de realizá-las. “Acreditamos que a reforma poderá ajudar a mudar o quadro de político no Brasil e, assim, ajudar a mudar também um quatro de práticas muito ruins no campo político no Brasil: o corporativismo, a compra de votos, a barganha de votos no Congresso por dinheiro e vantagens”, disse.

De acordo com o bispo, os empenhados nesta proposta de reforma são a sociedade civil organizada, grupos e movimentos sociais. “São esses grupos e movimentos que têm forçado os políticos a tratarem o assunto da reforma política”, afirmou.

No âmbito da sociedade civil organizada, os bispos têm dado sua contribuição. Porém, dom Joaquim afirma que “a CNBB não é um partido político e não é filiada a nenhum partido político”. A instituição tem participado, junto com várias outras organizações, na coleta de assinaturas para o projeto de lei para a reforma. A meta é de 1,5 milhão de assinaturas.

Segundo dom Joaquim Mol, a proposta apresentada pela CNBB quer estabelecer o financiamento público das campanhas eleitorais, sem uso do recurso privado; mudar o sistema eleitoral, de modo que no primeiro turno se vote em ideias e programas e, no segundo, em pessoas para executar essas propostas. E ainda: aumentar o número de mulheres em cargos eletivos, pois somam mais de 50% do eleitorado e 9% de representação em cargos eletivos; e regulamentar o artigo 14 da Constituição que trata dos mecanismos de participação popular no mundo da política. “De modo que o eleitor não seja chamado só no época da eleição para comparecer às urnas, mas seja chamado também para tomar decisões importantes no país”, explicou dom Joaquim Mol.

(Fonte: Arquidiocese de BH).

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