Em julho, fui convidado para uma mesa sobre direitos humanos e internet no
Fórum da Internet, realizado pelo Comitê Gestor (CGI). Na ocasião defendi, entre
outros pontos, que os grandes negócios da internet de hoje se baseiam em
vigilância e, no limite, em uma violação cotidiana da privacidade dos usuários
das diversas plataformas. Na mesa estava também um representante do Google, que
rechaçou a afirmação, apontando que, tecnicamente, juridicamente, não se tratava
de violação de privacidade, pois todos aceitamos termos de uso que autorizam as
empresas a coletar dados.
Parte da audiência protestou, não reconhecendo esse caráter “voluntário” da
adesão aos termos de uso. São longos, complexos, abusivos e feitos para não
serem lidos. Usar ou não usar essas plataformas está longe de ser uma escolha
livre das pessoas, somos levados a aceitar os termos não porque concordamos com
eles, mas porque estar fora de muitas dessas redes sociais e plataformas da
internet em parte significa isolar-se socialmente e mesmo profissionalmente.
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