sexta-feira, 6 de maio de 2016

Impeachment no Brasil influenciará toda a América Latina

José Tomás Sánchez, ministro do governo de Fernando Lugo, destituído em 2012
(Foto: Secretaría de la Función Pública)
O ex-ministro paraguaio José Tomás Sánchez tem seguido com muita atenção os desenlaces do processo de impeachment de Dilma Rousseff: “É de muita importância para qualquer um que se interesse pela política latino-americana (...) Obviamente, o que acontece no Brasil vai influir nos demais países da região", diz. Ministro mais jovem do governo progressista de Fernando Lugo – que foi interrompido por um impeachment relâmpago em 2012 –, José Tomás liderou a Secretaría de la Función Pública, ministério responsável por profissionalizar e organizar a burocracia paraguaia e acabar com o clientelismo, legado de 60 anos de governo de um só partido, o Colorado, derrotado pela candidatura de Lugo.

Para o paraguaio José Tomás Sánchez, a mensagem é que os governos progressistas mais radicais na América Latina mantiveram seus mandatos, enquanto os moderados foram interrompidos.
Nesta entrevista, concedia à Agência Pública, ele relembra os processos que derrubaram o governo paraguaio e o de Manuel Zelaya, em Honduras, ambos respaldados pelos Congressos e Cortes Supremas dos seus países. “Tem que olhar para os acontecimentos e ver o que eles significam: deixar de lado as regras formais e o voto popular e se valer de atalhos justificados institucionalmente para que forças políticas não eleitas cheguem ao governo”, avalia.
Leia AQUI a entrevista de José Tomás Sánchez, produzida pela Agência Pública.

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