Reportagem de FERNANDO RODRIGUES, de BRASÍLIA
O deputado Marco Feliciano
(PSC-SP) demonstrou ontem ceticismo sobre a reunião de líderes partidários na
Câmara que tratará do seu caso. O encontro estava marcado para ontem e ficou
para a semana que vem.
"Eu não recebi o convite
ainda. Estou estudando se eu vou atender. Regimentalmente, não tem o que ser
feito. Eu não sei o que faria nesse colégio de líderes. Ir ali para ser
oprimido e achincalhado por um grupo de pessoas que, na verdade, deveria
defender o Parlamento - e não abrir um precedente como está sendo feito. Acho
muito perigoso", disse o deputado.
Em entrevista ao Poder e Política,
programa da Folha e do UOL, Feliciano falou de maneira franca sobre
suas convicções como pastor, sua outra atividade além da política. Ao dizer
mais uma vez que não vai renunciar ao cargo de presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias, comparou-se ao atual presidente da Câmara, Henrique
Alves (PMDB-RN).
"Todos nós sabemos que o
deputado Henrique Alves chegou à presidência [da Câmara] debaixo de muita
pressão, debaixo de muita luta. Eu me espelho nele. Esse vigor que eu estou
tendo de suportar essa pressão se inspira nele", declarou Feliciano, que
tem 40 anos e sofre críticas diárias por estar no comando da Comissão de
Direitos Humanos.
Henrique Alves foi eleito para
presidir a Câmara em fevereiro em meio a acusações de irregularidades, como
manter dinheiro no exterior sem declarar, entre outras. Alves negou culpa.
"Tantos jornais falando sobre ele e mesmo assim ele permaneceu. Eu quero
ter a mesma chance que ele teve de permanecer e provar que eu posso fazer um
bom trabalho", disse Feliciano.
Na entrevista, o deputado também
diz estar insatisfeito com o tratamento recebido do governo da presidente Dilma
Rousseff. Coloca em dúvida um alinhamento automático que evangélicos poderiam
ter com o projeto de reeleição da petista.
A entrevista em vídeo e em
texto pode ser acessada na íntegra no portal UOL, acessando o conteúdo AQUI >>>
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade dos que o escrevem, e não expressam o pensamento do Núcleo de Estudos Sociopolíticos.